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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009



MAO PEQUENINAS
Quando afagues teu filhinho no aconchego doméstico,
não te esqueças das mãozinhas anônimas,
esquecidas no desamparo...
Flores rodopiando na ventania,
assemelham-se a estrelas perdidas na tempestade.
É todo um mar de sofrimento e angústia que te rodeia...
Apura a visão para que o aflitivo painel te não passe despercebido.
Mãos pequeninas de várias cores a se debaterem nas sombras...
Chegaram à Terra como doces promessas de alegria
e lutam por sobreviver à procura do bem.
Pelo amor à criancinha que te inspira a beleza do lar,
acende o lume da bondade e não recuses socorro aos braços
minúsculos que te acenam da onda revolta,
suplicando piedade e carinho.
Auxilia esses lírios humanos a se desvencilharem do lodo das trevas
para que se desenvolvam ao hálito da luz.
Dizes que a vida pede amor e esperas um mundo melhor...
Não negues, assim, a tua migalha de ternura aos anjos que choram no temporal.
Recolhe as mãozinhas enregeladas no frio do desencanto e,
ao calor de tua abnegação, ajuda-as a renascer para a existência,
afim de que possam esculturar o teu sonho de perfeição e grandeza,
no esplendor do amanhã...
Descerra as portas do coração aos filhinhos do berço torturado
e protege-os confiante.
Recorda que, um dia, duas mãos pequeninas,
relegadas ao abandono numa estrebaria singela,
eram as mãos de Jesus,
o Rei Divino, que, ainda hoje,
são o nosso refúgio de paz e a esperança do mundo inteiro...

Espírito: MEIMEI
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: “Deus Aguarda” - Edição GEEM


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